No palco magistral, as representações são o retrato
fiel de protagonistas comuns. Cada qual com suas limitações, cruzando espaços,
dobrando esquinas e dando asas à imaginação...
“Folgadamente” debruçado sobre o parapeito suspeito e irônico de uma
“janela”. Vê-se o crepúsculo de glórias, o auge do orgulho de um vencedor, o
tipo matreiro e aquele “inocente” sem fronteiras, sem sonhos e ambições. Não se
pode fugir da realidade que passa e lança desafios. Nenhuma peripécia pode
fazê-lo se desvencilhar das malhas tecidas pelo destino. A beleza se multiplica
e no regozijo da vaidade se distrai, mas necessariamente caminha rumo ao
despertar... As cenas serão revividas com fantásticas falhas, devido a memórias
frágeis, ou displicentes. Em um tempo se extasia pelo brilho do ouro; E num
piscar de olhos são os valores que contam e valem uma “luta”.
Levantam-se as mãos para acariciar, rejeitar, matar e muitas vezes até para se
“cobrir”! Deita-se à sombra imprópria, ladeada de espinhos, pragas e desvios.
Curva-se ante o manjar de reis, mas não se conforma de ser “plebeu e lacaio.”
Ergue-se sorrateiramente como se esquiasse tão facilmente das manchas e
cicatrizes que calejam uma alma tímida, marcada por falhas tantas.... Então
carece de pensar em Deus, quer e precisa que ele esteja próximo. Aí assimila
não poder mais exigir ou desejar. Os tantos caminhos percorridos levaram ao
desencontro de tudo, porque não houve cautela nem humildade. Nada teve
sentido... O choro desenfreado mina as últimas forças, preces
descoordenadas pintam o quadro mais
autêntico. “Medo e arrependimento se misturam”. A originalidade é um golpe
fatal, num veredicto frio, “veneno” sem antídoto... Nenhuma filosofia
“conserta” a resistência, abatida pelo mal que contamina!
“Feliz daquele que se previne; abençoado seja aquele
que se abriga e dá abrigo!!!” *C.G
Célio Gomes
EDITOR E REDATOR DO BLOG EM CIMA DA LINHA
COLUNISTA DO JORNAL DE PATROCÍNIO (32 ANOS)