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| IMAGEM ILUSTRATIVA |
Tudo ali estava
estranho por demais, e para completar, ainda surgia à silhueta de um gigante,
que era alguma coisa de descomunal! Seus olhos eram como duas fogueiras,
com labaredas se contorcendo e rasgando a escuridão da noite... Sua
respiração forte e contínua lançava ventos gelados, provocando calafrios! Dos
contornos do seu rosto, podia-se imaginar, e daí a comparar com monumentais
cavernas, desfiladeiros, planícies, serras e montanhas! Parecia estar em
posição de meditação ou quem sabe, de reverência; As palmas das suas mãos se
identificavam como dois horizontes entrelaçados ás nuvens, trocando carícias...
Da “marcha” do seu coração, “trovões” se sucediam, num ritmo titânico!
Aproximamo-nos daquele olhar ardente, mas... Estávamos então frente a duas fogueiras,
duas fogueiras de fato... “Na da direita, estava um grupo de pescadores
frustrados, e na da esquerda, damos de encontro a caçadores magros, com pesca
farta”! O fogo, com suas chamas irreverentes, se faziam um artista, delineando
os traços do “minúsculo” espaço que ocupávamos naquele instante. Ao lado dos
“pescadores”, matamos nossa “fome”, e dos “caçadores” ouvimos historias! “É...
Às vezes, sentimos que nossos caminhos se estreitam, e o que mais nos separa
dos nossos sonhos, nos une por elos adversos”... (?). *Célio Gomes.