MAS, E AS FLORES?! ORA, "QUE TESTEMUNHEM NOVOS AMORES"...

“Nenhum dos dois havia realmente assimilado, que sua história ainda não havia sido escrita por completo”... 

Certo dia, um olhar inquieto vasculhava a multidão, numa busca frenética... Os rostos pareciam todos iguais, mas nenhum tinha aquela ternura tão especial e tão íntima. Naquele relampejar de descuidos ingênuos, havia o sentimento de uma preciosidade perdida. E o tempo não se fez de rogado, lançou seus tentáculos com prepotência, girando a “esfera da vida”, presunçosa e submissa. Até a suave brisa, ironizava, parecendo “plagiar” as canções antigas... O jardim, esse sim também dava mostras do seu descontentamento; Suas antigas rosas rebelaram, dando lugar a grama, capim, mas jamais quaisquer espécies de flores... Justo ali os dois se reencontraram, mas nada disseram, pois nada “cultivaram”! Foram se afastando, “estrelando” mais uma despedida... Ambos testemunharam no rosto de cada um a ação de uma boa coleção de anos de primaveras vividas! Mais uma olhadela no jardim, que assim como eles, passou por uma mudança radical. Talvez em pensamento, estivessem dizendo: E esse jardim, essa praça, nossas flores?! 

Uma indagação que poderia ser respondida pelo próprio destino, “Senhor Supremo” da adversidade, das ilusões, encontros e desencontros: 

“Ora, e as flores?! Que em qualquer outro lugar, testemunhem novos amores"...  

*Célio Gomes.

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