Às vezes, nesta vida, nos sentimos,
se nos vimos impotentes e temerosos mediante certos acontecimentos tristes e
inusitados... São nestes tais momentos que conhecemos de fato nosso real limite
e fragilidades tantas! Lutamos para nos reerguermos, e até conseguimos com
muita fé e determinação; Contudo nunca nos esquecemos do quanto foi árduo e
doloroso! Não é fácil, após certas perdas, voltarmos ao “equilíbrio” do dia a
dia... Jamais saímos ilesos, fica sempre uma cicatriz aqui e acolá. Continuamos
alertas e temerosos, pois na nossa mera condição de Seres Humanos, por mais que
se nos policiamos e ou prevenimos, nunca sabemos o que se passa na mente dos outros; "Nem mesmo das
pessoas mais próximas". Chegamos a nos questionar sobre o
quanto nos custa este nosso tal amor irrestrito; "Se nem sempre
conseguimos proteger de fato as pessoas tão queridas de si mesmas"!
Seguimos, pois, machucados, mas nem sequer ousamos deixar de ofertar o nosso apego,
nosso sentimento protetivo, "ainda que saibamos da mínima percentagem de
lograrmos total êxito". A vida sempre nos reservará surpresas e até parece
nos avisar sobre isto a cada "tic tac" do relógio... Mas claro que
alerta algum vai nos fazer desistir daqueles que amamos! E assim sendo,
procuramos realçar mais a nossa fé; "Porque, pela nossa vulnerabilidade, sempre
prevemos desabar ante perdas irreparáveis"; Somos fracos, ou quem sabe,
egoístas?! Fato é que a gente sofre, contudo não queremos também ser "insensíveis"...
Não nos confortaremos com as sofridas lacunas, mas estaremos constantemente
mantendo vivo o sentimento, “por mais que tantas lágrimas se nos valham”! Afinal,
"não gostar de ninguém" é que deve ser o maior caos e a pior falência
do Animal Racional...
*Célio Gomes.