É... Sempre te falei, para nenhum de nós
dizer "adeus"; Sempre achei esta palavra muito forte; Pois se
nos fala duma dolorida forma, de um tempo extenso por demais... Alertei-te, que
por mais que afastássemos um do outro, vez outra nos encontraríamos nas nossas
idas e vindas... "E que nem as flores seriam as mesmas"! Não é que
estava certo?! "Os jardins até hoje andam feios, sem vida"! Lembra-se
de quantas vezes nos reencontramos?! Você eu não sei, talvez nunca tenha me
amado o quanto eu te amei... Mas sempre que a vejo, sinto uma dor muito grande
no peito, que chega a sufocar. Saudade, ou talvez "um vazio imenso"
que se revela implacável, me cobrando "pelo que me fiz", ao te
perder! Ora, que poderia eu fazer?! Foi você que propôs o fim daquele lindo
amor, que para mim mais que isto, "era um mágico sentimento, razão do meu
viver"! Pelo menos era o que sentia, na simplicidade sincera da minha
mente e do meu coração. "Já não sei quanto a você, no seu entendimento
materialista, egoísta"... Mas viu como enrubesceu ontem ao me ver? Ah, com certeza
não percebeu. Quantos anos distantes um do outro, hein?! E você ainda fica
vermelha e treme quando ficamos frente a frente. Sei que pode estar sendo
"feliz" como tenho sido durante todo esse tempo; Mas francamente, confessa;
Vai! "Que se juntos estivéssemos", teríamos sido mil vezes mais...
Não, claro que jamais admitiria, pois consigo vislumbrar seu orgulho, que segue
como dantes; "Inconsequente, cego e vulgar"! Diferente do mais íntimo
do seu coração, que tenho certeza, se desdobra para curar as feridas, "que
para todo o sempre não conseguirás cicatrizar"! Porque é assim mesmo.
Ainda que sem quaisquer esperanças, alguns amores teimam em
sobreviver de migalhas da utopia! Assim, nenhuma lembrança se apaga, "da
magia de um verdadeiro bem querer"... *Célio Gomes.