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| FIGURA ILUSTRATIVA |
Certa
vez, um jovem trabalhador, que vivia há muito tempo prestando diversos serviços
como de jardineiro, pedreiro, consertos de aparelhos eletrodomésticos etc. e
tal, depois de realizar alguns cursos de informática e de concluir o Ensino
Médio, resolveu tentar um emprego fixo... Foi até um grande empresário, para o
qual já havia trabalhado e falou sobre o assunto;
Inicialmente o tal sujeito até o recebeu bem, mas repentinamente interrompeu a
conversa e questionou em alto e bom tom: "Está me fazendo perder tempo,
quanto acha que vale o meu dia"? Ih! O rapaz, sento-se ofendido, saiu quase
aos prantos... Poucos dias depois foi trabalhar num jardim, próximo de um grande
Hospital; Ficou intrigado ao perceber que sempre em horários distintos uma
Freira adentrava ao mesmo e depois a via sair ali pelas imediações com
pacientes cadeirantes, tratando-os com o maior carinho...
Perguntou a um Funcionário do Hospital se a Freira ali trabalhava; O moço
respondeu que ela era apenas voluntária, ajudava bastante cuidando especialmente
dos pacientes deficientes ou temporariamente incapacitados de andar, coisa e
tal; Naquele momento sua imaginação "viajou longe"... Lembrou-se do
tal empresário mal educado e comparou a extrema delicadeza e solidariedade
daquela Religiosa; Cuja boa parte do tempo era dedicado a servir ao Próximo...
Surpresa! Não é que um dia, justo o referido empresário estava em companhia da
bondosa Freira, "acomodado" numa cadeira de rodas?! Então se
aproximou, pediu desculpas e perguntou a ela: "Quanto vale o seu
tempo"? Meio sem jeito ela respondeu: "Quanto mais pessoas ajudo e
especialmente, se me certifico da recuperação das mesmas, graças a minha
contribuição, acho meu tempo bem valioso"! O rapaz, sempre olhando pro
empresário, que permanecia impassível à prosa, insistiu: "Mas eu quero
saber em dinheiro, quanto custa seu dia"... A Freira sorriu e falou:
"Não vivo pelo quanto vale meu tempo em dinheiro seu moço, mas sim do real
valor que vale para quem precisa de uma atenção, de alguma ajuda"! Aí o
jovem se voltou para o empresário, que havia sido vítima de um infarto, e
perguntou: "E o seu dia, vale quanto"?!
O homem tentou responder, mas a Freira se interpôs a conversa e
exclamou: "Moço, não tem que se preocupar com o tempo dos outros, mas sim
com o seu, já se questionou sobre isto"?! Alguns meses depois, "em algum
lugar" havia alguém, "bem vestido", preenchendo uma ficha de "voluntário"... Logo em algum lugar um empresário sorria e conseguia ser "cortês e ajudador", depois de
passar um perrengue, que felizmente se lhe deixou pequenas sequelas...
Noutro lugar, um jovem se vislumbrava com um importante Cargo, com
Carteira assinada e tudo...
No mesmo longo percurso de sempre, os pés ágeis de uma Freira ainda
surpreendiam, sem mostrar quaisquer sinais de cansaço. O tempo não importava,
contava mesmo era o "recheio" de como era "ocupado"... E
você aí? "QUANTO VALE O SEU TEMPO"?! *Célio Gomes.
