Em 1841, na ilha da Reunião, um jovem escravizado de apenas 12 anos, chamado Edmond Albius, transformou o mundo com duas ferramentas improváveis: sua curiosidade e seu polegar.
Os franceses haviam levado a planta da baunilha do México para as colônias no Oceano Índico. Mas enfrentavam um impasse: sem os insetos polinizadores nativos do México, as flores murchavam antes de produzir vagens. Agricultores e botânicos tentaram de tudo — e falharam.
Até que Edmond descobriu o impossível.
Com um pequeno galho ou um fio de capim, ele abriu o opérculo da flor e uniu manualmente as partes masculina e feminina. A polinização artificial funcionou. Era um gesto simples, rápido e genial — algo que os especialistas da época não conseguiram fazer.
A partir daí, a produção de baunilha explodiu. A ilha da Reunião virou centro de cultivo, seguida por Madagascar, que ainda hoje lidera o mercado mundial — usando o método criado por Edmond.
Mas para o garoto que revolucionou a agricultura, não houve glória. Nem dinheiro. Nem justiça. Edmond Albius morreu pobre e esquecido.
Hoje, lembramos seu nome.
Porque um menino escravizado, sem escola nem liberdade, revelou o segredo da orquídea-baunilha e deixou sua marca em cada sorvete, cada bolo, cada perfume.
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