*By Célio Gomes
Um olhar carinhoso, porém cansado de ser refém do
passado, ousou novamente “passear” pelas linhas mágicas daqueles versos de
dedicatória franca, objeto direto de uma página amorosa. O que entende agora,
não assimilava outrora... Mas a vida sempre arranja um jeito de ensinar,
mesmo que seja de jeito dolorido, “aos trancos e barrancos”. Não
se encontra coisa alguma quando se busca do nada, mas na cumplicidade com as
cenas que o tempo não envelhece e nem apaga, se pode enxergar de olhos
fechados! Folhas de papel, que reinaram como lembranças durante
uma boa coleção de estações do ano, foram transformadas em pedacinhos, nas
frações de segundos de uma quase “fúria”... Os fragmentos do capítulo de uma
história “esquiaram livres pelas ondas do vento”, e em peripécias
pelo ar foram se dispersando... A vontade unilateral, mais uma vez “dava as
cartas”. Desta vez, pouco havia para separar, só desmantelava páginas do que
foi um dia o tributo a um grande amor. “Um suspiro de alívio nada
mais era que um mero disfarce, utopia ousada do coração; Pois têm coisas que
podem até ser dissimuladas, separadas e destruídas. Mas, esquecidas”...