"BÁLSAMO DO POETA!"

   *Célio Gomes

Ela me amava e me fazia feliz, eu a amava e a fazia mais feliz... Ela mexeu nas regras do jogo, não foi mais "tão feliz" e eu fiquei por uns tempos, infeliz por demais. Com certeza, demorou à cair sua ficha, mas a minha, uma noite após seu adeus, já amanheceu grudada á tiracolo da minha nova e tensa "caminhada"...


Não foi fácil. Foi preciso muitos anos para me recompor, muita sabedoria para entender e acreditar de novo na magia perdida! Afinal, fora alvo de "discriminação cruel"; 


Sabido isto, era necessário, pois, lutar outra vez por mim mesmo; Era possível reencontrar meus "elos perdidos", partes que se me devolveriam meu orgulho ferido... Doeu, mas cheguei de novo e inteiro, ao nobre princípio do sentimento que ditava as batidas do meu coração, acalentava meus sonhos por inteiro... 


Ergui a cabeça e abracei a poesia sem mágoas e ressentimentos, pois ali no aconchego dos meus textos, só havia lugar á ternura, ousada e paciente para com as lembranças mais amargas! Nada que se misturasse e constrangesse ao mais lindo que na vida tem; "Apesar de, ás vezes, deixar dolorida a alma da gente"!

"TEMPO, TEMPO, TEMPO, O QUE É QUE É MAIS ASTUTO QUE TU?!"