“Tic, tic, tic... Ráp, ráp, ráaa"... Mas, afinal, que barulho estranho seria esse? Desconfiado, cauteloso, olhei à minha volta... Ora, não é que todo aquele estardalhaço vinha de uma pequenina folha seca, que embalada por uma leve brisa, praticava um autentico “surf” no asfalto? Aquela coisinha minúscula fazia peripécias irreverentes, parecia determinada a chamar atenção sobre si. “Eu existo, eu existo, oba”! E eu também me deixei levar pelo entusiasmo: “Vai folhinha, quebra a perna”! Calma, gente, eu nunca que iria desejar algum mal àquela vaidosa, barulhenta, porém inofensiva folhinha. Esta é na verdade uma expressão muito usada no mundo do Teatro; Algo assim como: “Vá, mostre seu talento, dê tudo de si, arrebenta”! É só uma maneira de desejar sucesso, incentivar. Não sei o destino tomado por aquela folha. Na certa tenha se misturado a tantas outras da sua espécie, num cantinho qualquer, ou quem sabe virou pó, numa “esbarrada fatal” pelas esquinas da vida... Não importa. Vale é que a “pequetita” cumpriu com êxito a finalidade da sua existência. Quantos e quantos seres humanos “marmanjões” conseguem a façanha de não se fazerem úteis uma única vez que seja. Não é mesmo?! Grande atuação, folhinha. “Você arrasou”!!!
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FIGURA ILUSTRATIVA |