Não
sei não, mas vira mexe a gente se defronta com um Pai ou uma Mãe reclamando que
há muitos dias não vê determinado filho... "Dou uma espiadinha pela janela
do tempo", e vejo minha saudosa Mãe, que residia no Centro, (próximo a
Igreja Matriz Nossa Senhora do Patrocínio, Bairro São Vicente) rodeada de
filhos; Alguns, que moravam distante como eu, que residia no Bairro Matinha (e
meu veículo era uma bicicleta velha) e o Silvio, que morava no Bairro São
Cristóvão. (longe!...). Hoje em dia, tem filho que mesmo possuindo carro,
morando pertinho, raramente vai na casa dos Pais... E quando comparece para
rever os Velhos, chega apressado, como se estivesse ali "perdendo um tempo
precioso". Tempo esse que perde tranquilamente com os amigos, colegas de
serviço, "rindo atoa"... Ah, se soubesse, se pudesse assistir "o
filme do passado e o da vida atual", talvez se sensibilizasse! Pois assim
como é hoje com seu (s) filho (s) naquela época a maioria dos Pais também eram
por demais carinhosos e pacientes...
Com a diferença que tudo era muito mais difícil!!! Perdiam
também noites de sono, se o filho tivesse uma pequena febre que fosse. Voltavam
a serem meninos, faziam macaquices, necessitavam construir os mais diversos
brinquedos, "com o que havia à mão" (pois era grande
"proeza" comprar o mais simples carrinho, bola, boneca...).
Inventavam brincadeiras e até se arrastavam pelo chão, cansados, com dor de
coluna e tudo mais, para divertirem seus "Pequetitos"! Carecia muita
"imaginação" para á cada dia, "se reinventar" Pai presente,
brincalhão... Adquirir um rádio velho, uma bicicleta usada, era osso! "O
campo de oportunidades de trabalho, bem reduzido". O comércio, por demais
exigente, ainda que com minguadas opções de compra; E por aí vai... CAFIFA!!!
Os bons Pais eram caracterizados por uma máxima: "Tiravam da boca
para dar aos filhos". Parece que atualmente, os filhos (nem todos, claro),
tem preguiça de abrir a boca para falar aos Pais... *Célio
Gomes.
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